Festa à cigana

Fim de tarde de um dia de inverno, daqueles que mais parece verão, combino com a Maria ir beber um café ali a pé do ISPA…uma questão problemática quando ambas sabemos que nenhuma de nós vai beber café…enquanto bebíamos uns finos, decidimos ir comer o belo do peixinho grelhado…aventuramo-nos pelas ruelas de Alfama , enquanto tentávamos fugir aos restaurantes que estão à cata de turistas ricos...nós, as duas gajas tugas que querem é comer e beber por pouco dinheiro, encontramos a tasquinha ideal para comer…quando fomos surpreendidas pelo presença do “músico” (uma história que fica para depois) que me fez ficar (literalmente) da cor de um tomate…
Mas claro que tivemos um belo jantar e depois podemos saborear uns belos “Moscatel” numa típica rua de Alfama… (belo bairro) …
Conversámos como há muito não o fazíamos, parecia que tínhamos que matar uma sede qualquer que foi surgindo ao longo da noite…
E andámos por esse bairro, sem norte nem sul, apenas a divagar…acabamos por nos sentar ao pé do Tejo bar, numa soleira gasta pelo tempo, com pouco dinheiro, sem tabaco e com vontade de comer uma chamuça…
Por fim, deliciamo-nos com a companhia do amigo Renato a ver esta bela cidade lisboeta sentados na igreja ali da “esquina”…e foi assim que surgiu a ideia da festa à cigana para comemorar os anos da Maria…comemorar todos os dias um pouco como a cultura cigana o faz… porque queremos e gostamos de ser assim, a festa continua até sexta…

P.S.: hoje à noite o belo do Chorinho…venham que são bem vindos…